quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ideias ricocheteando em bando nesta caixa-gaiola-janela
Pousam aqui, revoam dos galhos das árvores-cabeças
Gralham em parábolas que se articulam entre ouvidos
Pares de asas voando em busca de sentido
À procura do sossego de um cader-ninho
Em que possam acomodar sua prole de pensamentinhos
Pelados, olhos cerrados, bicos famintos
À espera de se tornarem
conjecturas adolescentes, hipóteses robustas
Até ganharem o desapego da vida e das asas próprias
E se tornarem vistosas aves-poesia, ciência, filosofia